quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Händel e a OAB: entre o religioso e o blasfemo

Depois de 23 dias de trabalho ininterrupto, Händel finalizou o oratório “Messias” em 14/9 de 1741, com 51 movimentos e duração de 2h30m. A obra é imersa de religiosidade, mas não sacra, porque a Igreja repudia(va) o uso das escrituras para efeitos cênicos e espetáculos públicos. O célebre “Aleluia” é que torna a obra a mais famosa do compositor.

Na postagem anterior (7/9 – O antipapa...) denunciamos a submissão da OAB aos interesses da família Sarney. Ciente do fato, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia (ADEPOL) esteve com Thiago Diaz na segunda-feira (11/9), visando a promoção de Ação Civil Pública contra o Estado, tendente à contratação de novos quadros para a Polícia Civil. A reunião ocorreu à revelia do presidente da Comissão de Segurança Pública, sem notícia de qualquer assunto relativo à melhoria de tratamento dos advogados nas repartições policiais. Inepto e desrespeitoso!

O twitter oficial do TJ não registra a presença da OAB na solenidade de instalação das 6ª e 7ª Varas da Fazenda Pública, e da 2ª Vara da Mulher, todas no Termo Judiciário de São Luís, no dia 12/9. As fotos da CGJ, com Thiago a ocupar a ponta da mesa, sem ladear a corregedora ou o presidente, revelam o desprestígio institucional da OAB. Observe que o chefe do MP está ao lado da corregedora.

A audiência pública para discussão da Previdência Social dos Servidores Públicos, ocorrida em 13/9, não passa de uso da OAB como palco da ópera oposicionista ao Governo do Estado. Basta ver a participação dos deputados Adriano Sarney, Braide, Wellington e Max Barros em evento idêntico, realizado dia 29/8, na Assembleia Legislativa, sem a participação da Ordem. É uma blasfêmia o que Thiago está a fazer, mormente porque nenhum benefício à classe ou aos advogados foi usado para justificar a realização do evento.

Quem se deteve a analisar os orçamentos da USP, UERJ, e dos governos carioca e gaúcho, percebeu que sob os olhos omissos dos Ministérios Públicos e TCEs, um cartel de concursados assaltou os cofres públicos, mediante auxílios, aumentos salariais, gratificações etc, esquecendo o teto constitucional do funcionalismo, e com reflexos na previdência. Quando a OAB se alinha a AMMA, AMPEM, e vários sindicatos, é sinal de que alguma instituição não está a cumprir a sua finalidade.

O almoço de solidariedade em favor do vice-presidente Pedro Augusto Alencar, exonerado injustamente do comando da Comissão de Defesa das Prerrogativas, fez um sem-número de advogados lotarem um salão de restaurante tradicional ontem (13/9). Embora Thiago compareça às missas, prevaleceu o reconhecimento da classe ao trabalho sagrado levado a cabo por Pedro.

Por ora é ouvir a Sinfonia de abertura e o Recitativo, repletos de esperança, enquanto aguardamos a derrota do Thiago Diaz politicamente submisso. Só execute o coral Aleluia quando sair o resultado da eleição da OAB.

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