quinta-feira, 17 de agosto de 2017

OAB não tem rei, mas um regente se apresenta

Em 17 de agosto de 1563, o Rei Carlos IX, da França, com 13 anos de idade, se declarou maior no Parlamento provincial de Ruão, para assegurar a aplicação do Édito de Pacificação entre católicos e huguenotes. A maioridade do Rei encerrou a regência de Catarina de Médici.

O imaturo presidente da OAB, ao dizer que iria à reeleição, acendeu fogueira cuja temperatura aumenta a cada dia. Um blog disse que o conselho estaria rachado. Na postagem de 29/6 (Arraial da OAB teve pisco sour...), identificamos a tentativa de apagar o vice-presidente. No dia 3/8, a representação do presidente coube ao conselheiro federal Luis Augusto Guterres, embora presente o vice-mandatário. O trancamento de inquérito policial contra dois advogados, obtido pelo vice-presidente Pedro Augusto Alencar, enquanto chefe da Comissão de Defesa das Prerrogativas, em 10/8, não foi divulgado no portal. Se Thiago Diaz faz isso com quem dizia ser seu irmão, o que não fará com os simples apoiadores?

O mesmo conselheiro federal esteve na audiência pública sobre Reforma Política (10/8), no café da manhã do Fórum Des. Sarney Costa (11/8), no Baile do Rubi em Imperatriz (12/8) e na audiência pública sobre Regularização Fundiária em Timon (15/8). É impossível saber quem responde pelos custos de transporte, hospedagem e alimentação do regente, dada a opacidade que marca a gestão. A seccional está sob intervenção (branca) do Conselho Federal? Ou Thiago está usando os cabelos grisalhos de outrem para disfarçar a sua inexpressividade?

Os conflitos também ocorrem na CAAMA. O Secretário Geral Fernando Pinto usou o perfil mantido no Facebook para denunciar que: (1) há mais de 8 meses não ocorre reunião de diretoria; (2) o presidente e o tesoureiro ditam os rumos da entidade; (3) não teve acesso às notas fiscais referentes à compra de computadores com recursos do FIDA; (4) usurpação de suas atribuições; (5) as obras de recuperação dos banheiros e das instalações elétricas do Clube do Advogado, apesar de ratificadas, não foram realizadas; (6) os jogos de mesas e cadeiras para o Clube não foram adquiridos; (7) dada a sonegação de documentos úteis à confecção do relatório da prestação de contas, não participou da elaboração dele; (8) o Informativo “1 ano de muita história para contar” não cita o vice-presidente e a secretária adjunta; (9) o material privilegia a imagem do presidente e do tesoureiro; (10) desconhece o valor gasto com o Informativo; (11) ignora a quantidade de exemplares produzidos; (12) não teve a oportunidade de opinar sobre o Informativo; (13) desconhece os gastos com passagens, diárias, almoços e outras despesas dos diretores e; (14) o manejo dos recursos financeiros é com mão de ferro.

Os dias passam, e o “novo” se parece, cada vez mais, com o “velho”. A hemorragia interna, aliada à sede dos alijados, parece desenhar um futuro híbrido, a reeditar um Édito de Pacificação que destrone Thiago e aposente definitivamente o regente. O histórico eleitoral do último serve de bom presságio.

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