Publicado em 22.jun.17
Além dos sobrenomes valencianos, da graduação em leis, e da religião declarada, muito liga o presidente da OAB/MA, Thiago Diaz, e o papa do catolicismo romano Alexandre VI, nascido Rodrigo Bórgia. A boa saúde, a empatia, a eloquência dos discursos, e os esforços para se mostrarem brilhantes, dignos de seus cargos, são outras características comuns.
Cobrada a promessa de campanha impeditiva da recondução, os jornalistas de um blog (Gilberto Léda) e uma coluna semanal (Dr. Pêta), de redações antagônicas, publicaram texto (quase) igual. Sinal de desvio de finalidade da assessoria de comunicação da OAB, em favor da reeleição do presidente.
A “nota oficial” foi instruída com cópia das Diretrizes defendidas pelo grupo “Renovar para todos”, em 02/06/2015, sem folhas numeradas, com assinatura de Thiago Diaz só na última página, desprovida do menor vestígio de registro em cartório. Parte da credibilidade do então candidato foi cimentada sobre a seriedade decorrente do registro público, existente somente nos discursos!
A vedação à reeleição foi importada do outro grupo no decorrer da disputa, antes da aliança. Em várias oportunidades foi afirmada, de modo que sobram duas perguntas: (1ª) as promessas verbais e os discursos eram dissimulação? (2ª) os compromissos escritos do antigo Ordem & Mudança não contam?
O Portal da Transparência não contém as demonstrações financeiras do ano de 2016, nem há números do primeiro trimestre de 2017. O clique na aba “Auditoria” traz uma página em branco. Continuam opacas as contas da CAAMA, que passou a ser “parceira” para qualquer coisa. As contas dos papas sempre foram controversas!
A “aproximação com advogados” é com itens de padaria reprovados por nutricionistas, servidos como cafés da manhã por ocasião da premiação aos ex-presidentes da CAAMA (9/6) e na celebração ao Dia Nacional do Advogado Trabalhista (20/6). Thiago Diaz se aproxima de Lamachia a bordo de jato particular, e o papa todos sabemos.
Em lugar de uma Gerúsia ou Conselho dos Anciões, houve a criação do Conselho da Jovem Advocacia, numa simonia com vistas à reeleição. A ver o Regimento, mas os neófitos só servirão de assessores aos conselheiros, sem poder decisório. Para evitar envenenamento, o Bórgia começou pagando 30 ducados extras a cada criado, com a promessa de aumento anual de 5 ducados.
Por ora é rezar para que o vice-presidente da OAB, Pedro Augusto Alencar, continue o bom trabalho desenvolvido à frente das prerrogativas. Quanto a Thiago Diaz, todas as quintas-feiras razões para impedir sua recondução.
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